No turno da manhã, o primeiro palestrante, diretor de desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, Luciano de Oliveira Toledo, ressaltou que 70% dos professores dos Institutos Federais nacionais têm mestrado e/ou doutorado, o que reflete o interesse dos institutos em desenvolver projetos de pesquisa, se tornando um diferencial em relação às instituições estrangeiras, que geralmente contam com professores que vieram ou que ainda estão no mercado de trabalho e têm apenas conhecimento técnico.

Em seguida, a assessora adjunta de inovação da FAPEMIG, prof. Dra. Elza Fernandes de Araújo explicou que o “Novo Marco Legal para Ciência, Tecnologia e Inovação” incluiu vários princípios norteadores na Lei de Inovação, entre eles, a promoção das atividades científicas e tecnológicas como estratégias para o desenvolvimento econômico e social, que pode resultar na redução das desigualdades regionais, por exemplo. Já o Servidor da Controladoria- Geral da União e assessor da Reitoria da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), André Alves Pereira de Melo falou sobre as principais alterações promovidas pela lei, como constituição de alianças estratégicas e o desenvolvimento de projetos de cooperação envolvendo empresas, ICT’s (Instituições Científica, Tecnológica e de Inovação) e entidades privadas sem fins lucrativos voltados para atividades de pesquisa e desenvolvimento

Cases de sucesso

No turno da tarde, a programação foi marcada pela demonstração de cases de sucesso envolvendo outros institutos federais. Os convidados desta etapa ministraram palestras logo após a apresentação do Sistema Mineiro de Inovação (Simi) como novo parceiro do IF Sudeste MG para a inovação e tecnologias, com benefícios que compreendem especialmente a disseminação das ações de ambas as partes nestas áreas. Uma das contribuições de colegas da Rede Federal foi dada pelo diretor de projetos do Polo de Inovação do Instituto Federal do Ceará, Glaucionor Lima de Oliveira. Ele contou como chegaram à consolidação da unidade responsável por movimentar mais de 32 milhões em investimentos que viabilizaram a execução de mais de 100 projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Tudo isso, em pouco mais de três anos. Hoje, o Polo conta com uma extensa lista de clientes e parceiros que comprovam a qualidade do serviço em "Sistemas Embarcados e Mobilidade Digital", além de outras dezenas em prospecção. Para Glaucionor, é essencial que os alunos do IF aprendam a desenvolver o próprio negócio: "porque o melhor retorno que podem dar à sociedade é a geração de empregos". Nesta linha, aconselhou o professor Rogério Carvalho, do Instituto Federal Fluminense, para quem a grande "sacada" é sair da zona de conforto. "É aí que a inovação acontece", apontou.

Entrevista

A coordenadora de Gestão de Pessoas do Campus Santos Dumont, Iara Marques do Nascimento, participou do I Seminário de Inovação e contou o que achou sobre a iniciativa da ProPesqInov e do Nittec. Confira a entrevista:

Como você avalia o Seminário (organização, local, horário)?
As condições para realização do Seminário foram muito boas. Espaço e horário bem aproveitados. É interessante quando a organização consegue estruturar as informações de forma dinâmica num tempo que é, por vezes, bem curto.

O conteúdo do Seminário contribuiu de que forma para você, como servidora?
O conteúdo foi muito interessante e agregador. Irá contribuir muito para novas perspectivas em relação a projetos de pesquisa, extensão e inovação que venhamos a fazer. E também ajuda a dar um novo olhar, vislumbrar outras possibilidades, para o projeto de pesquisa que já desenvolvo no Campus.
Os palestrantes foram excelentes, pois, Inovação e Pesquisa não são assuntos que tenham um trato fácil, ainda mais falando de legislação. Mas os três que se apresentaram antes do almoço fizeram exposições claras e instigantes. E os da tarde conseguiram demonstrar como as investidas trazem retorno quando feitas com dedicação e persistência, além de uma boa técnica e conhecimento de causa.

Qual a contribuição do evento para o IF Sudeste MG?
Penso que dentro da proposta de criação dos IFs temos muito a oferecer. Estas iniciativas são de suma importância para que possamos pensar e nos organizar para desenvolvermos e aplicarmos o potencial que temos enquanto Instituição. Pois, somos Campi com áreas de saberes diversos que podem contribuir de várias formas para o crescimento da região na qual estão inseridos. Então considero muito importante que a Instituição invista em momentos como este.

Fonte: IF Sudeste MG